sexta-feira, 19 de abril de 2013

Manoela

Conversamos por uma hora. Ela falou, falou... Sofre por amor, reconhece ele em cada letra de música, em cada poesia, em cada olhar. Não sabe o que fazer já que ele depois da segunda noite de amor, não deu mais sinal de vida, nem de saudade, nem de vontade. A pele branca contrasta com o vermelhidão das bochechas quando fala que está apaixonada. O que dizer? Que talvez ele nunca mais a procure? Falar que o amor é assim mesmo? Sem garantias, sem medida, sem acordos? Falar que em alguns momentos perdemos o fôlego, a razão, a coerência, muitas vezes perdemos a postura e até a fala... E simplesmente nos entregamos? Tudo isso é verdade... Mas naquele momento o que ela precisava ouvir era que valia a pena... Que valia esperar, que devia confiar. Foi exatamente isso que falei e ela sem dúvida sentiu-se muito mais forte. E nisso consiste o mistério, acreditar...
 
 
 

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Podemos sair pelo dia pela noite pelo pranto...
Pelo suco, pelo cinto que aperta o sentir
Pela lua, negra ou branca... Pelo entardecer das bromélias ou de vegetais formando espécie de néons que molduram qualquer coisa além de mim... E ainda assim não encontramos Deus

Permite continuar nessa rua ora imunda, ora doce... Que acalenta, mas que mata, maltrata...
Que não beija minha boca, nem toma meu corpo... Mas que está e se esconde dentro de mim, do que sou, do que fui...
De uma hora para outra parece ser uma partícula do sol que cai entre lamaçais de perturbações desconcertantes... Ainda assim não encontro Deus

Então te busco...
Em meus sonhos, aspirações mais íntimas, entre poeiras - estantes - bibliotecas
telas frias... reticências confusas... Calçadas de gélido concreto ou ainda pior em cruzes penduradas aqui ou alí... Busco e grito... Onde te escondes Deus?

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